Reprise: é pau, é pedra, é o fim do caminho
Só que são as águas de janeiro e não de março …… Relato de Daniel Jobim, neto de Tom Jobim sobre as chuvas em São José do Vale do Rio Preto, RJ.
Foto de Daniel Jobim para O Globo
O Globo
Usando caminhos alternativos, passando por localidades como Posse e Pedro Rio, num trajeto que durou mais de seis horas, Daniel Jobim conseguiu chegar ao Rio no fim da noite de quinta-feira, acompanhado do filho, Theo, de 5 anos e meio.
O também pianista e compositor estava no Sítio do Poço Fundo, no município de São José do Vale do Rio Preto, onde seu avô, Tom Jobim, compôs “Águas de março” e tantos outros clássicos da canção brasileira, quando desabou o temporal da noite de terça e da madrugada de quarta-feira.
O volume das águas de janeiro foi devastador na região, destruindo estradas, pontes e muitas casas, inclusive a primeira da propriedade da família Jobim, aquela na qual Tom passava temporadas na época em que escreveu “Águas de março”.
- Eu acordei no início da madrugada de quarta-feira com a chuva já muito forte e sem energia elétrica. Com uma lanterna, fiquei monitorando a situação, preocupado com as possíveis quedas de barreira – contou, na tarde desta sexta-feira, já em Ipanema, Daniel, dizendo que o desastre em São José do Vale do Rio Preto aconteceu na manhã de quarta.
- Eram 6h quando o rio começou a subir de uma forma assustadora. Tanto que, em apenas duas horas, arrasou com tudo, subindo muitos metros.
Daniel tinha caminhado até perto da casa que foi de sua bisavó, Nilza, e pode assistir à destruição do imóvel, como vemos nas fotos que fez e enviou por e-mail para o GLOBO.
- Provavelmente, foram abertas as comportas de alguma represa, ou mesmo alguma represa, dos rios que vêm de Friburgo e Teresópolis, estourou – contou Daniel, dizendo que pelo fato de a tragédia provocada pela cheia do rio ter ocorrido de dia, provavelmente foi pequeno o número de vítimas fatais na região.
- Felizmente, as pessoas estavam de pé e todos ajudaram a retirar idosos e crianças pequenas das áreas mais próximas das margens.
Imagem e notícia extraída daqui.

Tags: Chuvas no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Tom Jobim Esse texto foi postado em sábado, 15 de janeiro de 2011 às 17:54 nas categorias Chuvas, Rio de Janeiro, Tom Jobim. Você pode seguir as respostas pelo RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou trackback do teu próprio site.
15 de janeiro de 2011 às 18:10
Muito triste tudo isso
16 de janeiro de 2011 às 19:15
É a continuidade da saga sofrimento.
É a falta de políticas públicas e de vergonha na cara desses govenantes
É a falta de respeito para com o ser humano.
Bjs querida