1822
Neste 7 de Setembro de 2010, o escritor Laurentino Gomes está lançando o livro 1822, repetindo a fórmula de sucesso do livro anterior, 1808. Já está na lista de desejos!
Leiam a reportagem extraída daqui.
No dia 7 de setembro de 1822, o imperador português d. Pedro 1º declarou, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, que o Brasil estava independente de sua metrópole, Portugal. Com a célebre frase “Independência ou Morte”, o príncipe de apenas 23 anos mudava os rumos do País colonizado e, também, os de Portugal. Os dois países rompiam relações, estabelecidas desde 1500, e a colônia passava a ser politicamente emancipada. A partir de então, uma série de fatos importantes se sucederam para a construção da nação que se conhece hoje. Essa história é retratada no livro “1822”, a continuação de seu best-seller “1808”, que vendeu mais de 600 mil cópias, que o jornalista e escritor Laurentino Gomes lança hoje em Santos, e amanhã em São Paulo, na Livraria Cultura da Paulista, às 19h. A nova obra retrata a história do Brasil num período que compreende 13 anos, desde 1821 até a morte prematura de d. Pedro 1º em Lisboa, em 1834. Em entrevista exclusiva ao Diário de Guarulhos, o autor Laurentino Gomes fala do novo livro. “O ‘1822’ é uma continuação óbvia do ‘1808’ porque seria impossível entender a Independência do Brasil sem estudar o que aconteceu nos 13 anos anteriores, durante a permanência da corte de d. João 6º no Rio de Janeiro. Neste livro eu procuro demonstrar que as perspectivas de fracasso para o Brasil em 1822 pareciam bem maiores do que as de sucesso. Apesar disso, esse Brasil deu certo por uma notável combinação de sorte, improvisação, acasos e também de sabedoria das lideranças responsáveis pela condução dos destinos do novo País naquele momento de grandes sonhos e muitos perigos. O Grito do Ipiranga foi, sim, um ato de bravura de um jovem príncipe assustado com as responsabilidades que a História lhe impunha, mas era o gesto que todos os brasileiros esperavam dele naquele momento”, afirma o autor. Para Marcelo Lambert, professor de História do Centro Universitário Metropolitano de São Paulo (FIG-Unimesp), d. Pedro 1º não pode ser considerado um herói da nação. “O processo de Independência não construiu rupturas significativas à sociedade brasileira, mantendo os latifúndios e a escravidão, afinal, foi liderada pelas elites, que mantiveram as estruturas econômicas que atendiam apenas os seus interesses”, afirma. Segundo o escritor de “1822”, há vários mitos na história da Independência. Um deles é a própria cena do Grito do Ipiranga que aparece no quadro do pintor Pedro Américo. “Ela nada tem a ver com a cena real, como eu mostro no primeiro capítulo do ‘1822’”, afirma Laurentino Gomes. O autor, em suas viagens de pesquisa pelo Brasil, pode constatar que a história da Independência tem sido contada excessivamente pela perspectiva das margens do Ipiranga. “É como se o restante do País não existisse ou todos os demais brasileiros fossem meros coadjuvantes de acontecimentos limitados à região compreendida pelas províncias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. É uma visão desfocada, que procuro corrigir no meu livro. O processo de separação de Portugal envolveu todo o Brasil e custou muito sangue e sacrifício nas regiões Norte e Nordeste, onde milhares de pessoas pegaram em armas e morreram na Guerra da Independência. O estudo das rebeliões e divergências regionais do período é fundamental para entender o Brasil nascido em 1822”. Uma das passagens mais interessantes e importantes dessa história é o tórrido romance de Pedro – então, imperador do Brasil e casado com a imperatriz austríaca Leopoldina – e a futura Marquesa de Santos, a paulista Domitila de Castro Canto e Melo. “É a grande história de amor que serve de moldura à proclamação da Independência do Brasil. Suas marcas estão nos personagens, no calendário, na paisagem e em todos os acontecimentos decisivos da mais importante semana da história brasileira. E os dois personagens desse romance pagam um preço muito alto por ele. Por isso dedico um capítulo inteiro do meu livro à Marquesa”, diz Laurentino Gomes. O autor tem projetos de continuar essa história até chegar ao filho do imperador da Independência, o brasileiro d. Pedro 2º. “Pretendo me dedicar ao crepúsculo do Segundo Reinado e o nascimento da República. Já comecei a pesquisar. O título provavelmente será “1889” (o ano na Proclamação da República). Dessa maneira, fecho uma trilogia numérica com três datas fundamentais para entender a construção do Estado brasileiro no século 19. Depois disso, prometo não fazer mais livros com números na capa”, brinca o autor.
Imagem extraída daqui.

Tags: História, Independência do Brasil Esse texto foi postado em terça-feira, 7 de setembro de 2010 às 12:55 nas categorias História do Brasil, Independência do Brasil, Sem categoria. Você pode seguir as respostas pelo RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou trackback do teu próprio site.
7 de setembro de 2010 às 14:39
Entrou para a minha lista de livros para serem lidos. Bjs. Elza