100 anos da imigração japonesa no Brasil
2008 com certeza marca muitos aniversários importantes. Comemoramos os 200 anos da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, lembramos os 100 anos da morte do grande escritor Machado de Assis que, se não me engano, acontecerá em setembro e também o centenário da imigração japonesa no Brasil. Meu bisavô era também imigrante, porém veio de outras terras – a Síria e sempre imaginei como não deve ter sido difícil ter deixado todo seu mundo para trás em busca de novos horizontes – um outro país, outro idioma, outra cultura totalmente diferente da sua, os amigos, os familiares. Com os japoneses não foi diferente. Aqueles pioneiros que deixaram o Japão há 100 anos certamente não estavam em busca de aventuras e sim de melhores oportunidades de vida. Parabenizo aqueles que são fruto da imigração japonesa, brasileiras e brasileiros como eu e que hoje somam à mistura de povos do qual fazemos parte, do povo brasileiro. E para os imigrantes pioneiros, o meu sincero respeito e admiração.
Para quem queira se aprofundar no assunto, encontrei este site aqui bem explicativo, sobre a programação das comemorações.
SAIBA MAIS-Há 100 anos, navio com japoneses chegava a Santos
*Novembro de 1907 – Ryu Mizuno, diretor da Companhia de Imigração do Império (Kokoku Shokumin Kaisha), assina o acordo responsável pela vinda da primeira leva de imigrantes para o Brasil.
*28 de abril, 1908 — O navio Kasato Maru sai do porto de Kobe com 781 passageiros a bordo.
*18 de junho, 1908 – O Kasato Maru chega ao porto de Santos, em São Paulo, e os imigrantes são enviados para trabalhar em seis fazendas, na maioria plantações de café.
*Janeiro de 1930 — O primeiro grupo de japoneses chega à Amazônia para ajudar a cultivar guaraná. Mais tarde, eles passam a cultivar também a juta e a pimenta-do-reino.
*1932 — O número de imigrantes japoneses no Brasil passa de 130 mil — quase 90 por cento deles trabalham nas fazendas.
*1934 — O presidente Getúlio Vargas impõe cotas de imigração como parte de sua política nacionalista.
*1938 — O governo brasileiro impõe restrições às atividades culturais e educacionais dos imigrantes, incluindo os japoneses, devido às tensões às vésperas da 2a Guerra Mundial.
*1952 — O Brasil e o Japão retomam suas relações diplomáticas depois do hiato da 2a Guerra.
*Dezembro de 1959 – O estaleiro Ishikawajima do Brasil, conhecido como Ishibras, começa suas operações. Foi o primeiro de vários investimentos industriais que vieram com os acordos bilaterais entre Brasil e Japão.
*1967 — Empresas japonesas, incluindo a Toshiba e a NEC, começam a investir no Brasil.
*19 de junho de 2008 — O príncipe herdeiro do Japão, Nahurito, chega ao Brasil para a comemoração oficial do centenário.
*Cerca de 250 mil brasileiros vivem no Japão, a maioria deles trabalhando em fábricas. Os “dekasseguis” mandam cerca de 2 bilhões de dólares de volta às suas famílias no Brasil.
(Reportagem de Elzio Barreto)
fonte:http://www.estadao.com.br/internacional/not_int190457,0.htm

Esse texto foi postado em quarta-feira, 18 de junho de 2008 às 01:02 nas categorias Aniversário, História, Imigração Japonesa, comemoração. Você pode seguir as respostas pelo RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou trackback do teu próprio site.
18 de junho de 2008 às 18:47
Adrei a cronologia, são fatos históricos que eu não conhecia .. Adoro a cultura milenar oriental, incluindo a japonesa !!
Abração, Sonia, enfim desisti de desistir de blogar, rs !!
19 de junho de 2008 às 08:01
Sonia, belíssima homenagem e uma excelente lembranca.
Eu admiro todo aquele que se aventura a trilhar um país sem saber nada sobre ele. Neste caso o Brasil naquela época.
Eu tenho esse blog linkado lá na Saia e ele tb fez um post em homenagem aos 100 anos de imigracao japonesa por ser descendente. Passa por lá tenho certeza que ele vai gostar.
http://pensamentoscentrados.blogspot.com/
Grande beijo (e hoje tem continuacao do último assunto lá na Saia)
Bom fim de semana
19 de junho de 2008 às 21:04
Querida Sonia!
Bem lembrada essa homenagem, pois quem tem um grande amigo japonês como eu, sabe como essas pessoas trazem no gen, o carinho e o cuidado pela natureza, haja vista as belezas que eles fizeram no interior deste Brasil, com suas plantações perfeitas.
Meu filho mora e estuda numa cidadezinha no interior do Paraná (Maringá) que é praticamente toda de descendentes nipônicos e vc tem que ver o cuidado que têm com a natureza local.
Também sou descendente de imigrantes, meu avô chegou no início do século passado da Itália e, lembro-me das histórias que meu pai contava das dificuldades e da vida naqueles primórdios.
Justa homenagem!
bjks cariocas